O que pode ser uma lógica do real?

Autori

  • Ronaldo Torres

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi24.792

Parole chiave:

Lógica, interpretação, ato psicanalítico, discurso do psicanalista

Abstract

Logo após formalizar a lógica da fantasia, Lacan demonstrou como o ato psicanalítico implicava, em última instância, um ato para além dessa lógica. Com isso Lacan chegou ao extremo de uma tensão entre os campos da lógica e da ética, na qual o limite do primeiro se encontrava em uma resposta advinda do segundo. O ato, assim, é uma resposta do real à montagem fantasmática pela qual o sujeito se constituiu com base na determinação simbólica. Neste sentido, lógica e real se mostravam excludentes. Todavia, Lacan não tardou em formalizar o tipo de laço que se estrutura como efeito deste ato, um laço que pressupõe uma lógica afeita ao real. O objetivo deste texto é acompanhar estas passagens do ensino de Lacan, tendo em conta que o laço do discurso do psicanalista é aquele que possibilita uma lógica à interpretação.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografia autore

Ronaldo Torres

Psicanalista, Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, Doutourando pela mesma instituição. Membro do Fórum do Campo Lacaniano de São Paulo. Autor do livro Dimensões do ato em psicanálise (Annablume, 2010)

Riferimenti bibliografici

LACAN, J. O Seminário, livro 7: A ética da psicanálise. (1959-1960).
Tradução de Antônio Quinet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor,
1997. 396 p.
_________. O Seminário, livro 10: A Angústia. (1962-1963). Tradução
de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 2005.
366 p.
_________. O Seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais
da psicanálise. (1964). Tradução de M. D. Magno. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar editor, 1985. 269 p.
_________.O Seminário, livro 14: A lógica da fantasia (1966). Inédito.
_________.O Seminário, livro 15: O ato psicanalítico (1967-1968).
Inédito.
_________. O Seminário, livro 16: De um Outro ao outro. (1968-
1969). Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
editor, 2008. 416 p.
_________. O Seminário, livro 17: O avesso da psicanálise. (1969-
1970). Tradução de Ari Roitman. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
editor, 1992. 209 p.
_________. O Seminário, livro 20: Mais ainda. (1972-1973). Tradução
de M. D. Magno. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor,
1985. 201 p.
_________. (1967). Proposição, de 9 de outubro de 1967, sobre o
psicanalista da Escola. In: LACAN, J. Outros Escritos. Tradução
de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor, 2003, p.
248-264.
_________. (1970). Radiofonia. In: LACAN, J. Outros Escritos.
Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor,
2003, p. 400-447.
_________. (1973). O Aturdito. In: LACAN, J. Outros Escritos.
Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar editor,
2003, p. 448-497.
_________. (1976). Prefácio à edição inglesa do Seminário 11. In:
LACAN, J. Outros Escritos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar editor, 2003, p. 567-569.

Pubblicato

2012-06-25

Come citare

Torres, R. (2012). O que pode ser uma lógica do real?. Revista De Psicanálise Stylus, (24), pp. 85–92. https://doi.org/10.31683/stylus.vi24.792

Fascicolo

Sezione

TRABALHO CRÍTICO COM OS CONCEITOS