Hamlet entre saber e verdade

Autori

  • BARBARA GUATIMOSIM EPFCL

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.v1i47.1146

Parole chiave:

Hamlet, Angústia, Saber, Desejo, ato

Abstract

A partir das sete lições de Lacan sobre Hamlet no Seminário 6: o desejo e sua interpretação e de suas elaborações a respeito da questão que levanta o personagem shakespeariano ao longo de seu ensino, a proposta é acompanhar a investigação de Lacan sobre o impasse dramático que acomete Hamlet, nomeado por Lacan “a tragédia do desejo”, que torna a ação, o ato impossíveis. Lacan tecerá um contraponto entre a tragédia de Édipo rei e a do príncipe da Dinamarca. Se a primeira é marcada pelo parricídio na ignorância de seu ato, Hamlet desde o início de sua saga sabe do assassinato de seu pai e do que precisa fazer. Mas nem a vingança ordenada pelo espectro paterno, nem o amor de uma mulher, Ofélia, o fazem agir. O saber não vetoriza o ato estancado pela angústia de uma verdade que o detém. Quais são os elementos gozosos que enredam Hamlet no espaço “entre”, fazendo com que sua ação desejante só possa coincidir com a própria morte? À luz do descrédito melancólico no qual sucumbe Hamlet, uma pergunta: que saber, que verdade, podem fazem o desejo passar ao ato?

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Pubblicato

2024-10-22

Come citare

GUATIMOSIM, B. (2024). Hamlet entre saber e verdade. Revista De Psicanálise Stylus, 1(47), pp. 57–63. https://doi.org/10.31683/stylus.v1i47.1146

Fascicolo

Sezione

TRABALHO CRÍTICO COM OS CONCEITOS