A palavra e o seu poder de cura: a palavra como fármaco
DOI :
https://doi.org/10.31683/stylus.v0i34.31Résumé
Esse artigo tenta investigar como, pela operação do significante, há pessoas que se curam, mesmo que o analista não seja possuído pelo desejo de curar. Para responder esta questão, a autora trabalha o conceito de moterialismo, da palavra como fármaco, e faz uma articulação disso com as novas descobertas das neurociências, particularmente desenvolvidas pelo neurocientista Eric Kandel. Esse ensaio defende que o sujeito suposto saber é alguém que sabe o truque de como se cura uma neurose sem o uso de medicações, mas que para isso é necessário que este esteja referenciado pelos conceitos que a fundamentam, ou seja, os recursos da língua: a materialidade das palavras, dos sons, a função poética, ou seja, mais a forma como transmitimos (combinação das palavras, pronúncias, efeitos sonoros e rítmicos) do que a função referencial ou denotativa (o assunto ou o conteúdo de uma informação).
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