A interpretação psicanalítica: “um dizer nada”

Authors

  • Maria Helena Martinho

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi24.791

Keywords:

Interpretation, cut, semi-saying, allusion, equivocation

Abstract

This article emphasizes that the psychoanalytic interpretation is placed between the transfer that marks the beginning of an analysis and the moment of the pass, which corresponds to the end of the analysis. The author questions: What is the freedom of the analyst when it comes to interpretation? What must interpretation – situated as the tactics of the analyst – focus on? Can any intervention by analyst be considered an interpretation? To answer these questions, the author goes through some of Lacan’s texts and seminars dated from the 1950 to 1970s, in which she verifies the many ways of interpretation assigned by Lacan: the punctuation, the cut, the semi-saying, the allusion, the equivocation. She concludes, with Colette Soler, that there is a common feature in the mentioned ways of interpretation: “a say nothing”, a “silent speaker” of the analyst who compels the analyzed to designate the horizon of what is not said.

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Author Biography

Maria Helena Martinho

Doutora e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Psicanálise do IP/UERJ. Professora dos Cursos de Mestrado e Especialização em Psicanálise da UVA. Coordenadora e Supervisora Clínica do SPA/UVA. Professora e Supervisora Clínica do Curso de Especialização em Psicologia Clínica da PUC – Rio. Psicanalista membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano – Brasil. Psicanalista membro do colegiado de Formações Clínicas do Campo Lacaniano – Rio de Janeiro.

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Published

2012-06-25

How to Cite

Martinho, M. H. (2012). A interpretação psicanalítica: “um dizer nada”. Revista De Psicanálise Stylus, (24), pp. 77–84. https://doi.org/10.31683/stylus.vi24.791

Issue

Section

CRITICAL PAPER WITH THE CONCEPTS