O psicanalista, os limites da interpretabilidade e o passe

Autores

  • Sonia Alberti

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi24.794

Palavras-chave:

Ética, interpretação, inconsciente Real, passe, sonho

Resumo

Rastreamos a retomada feita por Lacan na última década de seu ensino, ao estudar um pequeno texto de Freud sobre a interpretação para verificar até que ponto a construção do inconsciente Real daquela década poderia ter alguma base nas observações do criador da psicanálise. Lastreia-se nossa visada na identificação nesse texto de Freud, da função do sonho que não é senão a de “evitar a perturbação do sono” e que esta representa o ganho de prazer, a Mehrlust (prazer a mais), o gozo, um despertar. Tal despertar é também examinado na relação com as três questões kantianas tratadas por Lacan (1972) em Televisão, que dizem respeito às possibilidades éticas do saber, fazer e esperar. Com base nisso, examinamos o passe e a possibilidade de aprender com a sua experiência.

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Biografia do Autor

Sonia Alberti

Professora Adjunta do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Psicanálise e Procientista da UERJ. Pesquisadora do CNPq. Analista Membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano/ Fórum Rio de Janeiro.

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Publicado

2012-06-25

Como Citar

Alberti, S. (2012). O psicanalista, os limites da interpretabilidade e o passe. Revista De Psicanálise Stylus, (24), p. 103–113. https://doi.org/10.31683/stylus.vi24.794

Edição

Seção

TRABALHO CRÍTICO COM OS CONCEITOS