Formação, psicanálise e patriarcado

o caso May

Autores

  • lorena amorelli reinato UFG

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.v1i47.1067

Palavras-chave:

Formação do analista, Patriarcado, Psicanálise

Resumo

É corrente o apontamento de que o discurso analítico se organiza através de uma leitura misógina da sociedade e reitera práticas de violência e opressão. Diante disso, este artigo propõe debater a formação em psicanálise a partir das formações da cultura, mais especificamente, do patriarcado como ordem que rege as relações de dominação-exploração entre homens e mulheres. Busca-se, com isso, convocar os psicanalistas a aprofundar o debate sobre a formação em psicanálise, considerando-o a partir dos efeitos do discurso psicanalítico na civilização. Para tanto, utiliza-se o campo da psicanálise em extensão a fim de apresentar e analisar o caso May como relato de um percurso de formação.

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Publicado

2024-10-25

Como Citar

amorelli reinato, lorena. (2024). Formação, psicanálise e patriarcado: o caso May. Revista De Psicanálise Stylus, 1(47), pp. 121–132. https://doi.org/10.31683/stylus.v1i47.1067

Edição

Seção

TRABALHO CRÍTICO COM OS CONCEITOS