Sintoma social e a emergência do PCC

Autori

  • Carlos Eduardo Frazão Meirelles

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.664

Parole chiave:

Sintoma, Lacan, Marx, Primeiro Comando da Capital,, capitalismo

Abstract

O artigo é uma pesquisa teórica sobre o conceito de sintoma social de Jacques Lacan. Discute as noções de sintoma como retorno da verdade na falha do saber, e como satisfação real, articulada à interpretação de Marx sobre a passagem do tempo feudal ao capitalismo, com a emergência do trabalhador proletário. Para além de um período histórico e uma classe social específica, Lacan estende a condição proletária a cada indivíduo da sociedade moderna, associada à ausência de laço social. Interpretamos essa condição pelas relações de trabalho mediadas pelo capital, pelo apagamento das relações sociais na mercadoria, e pelo despojamento de saber com o advento da máquina e sua proliferação no cotidiano. Utiliza elementos da organização do Primeiro Comando da Capital (PCC) como exemplo.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografia autore

Carlos Eduardo Frazão Meirelles

Psicanalista, membro do Fórum do Campo Lacaniano, graduação e mestrado no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Riferimenti bibliografici

Askofaré , S. (1997) “O sintoma social”. In: Goza!: capitalismo, globalização e
psicanálise (pp. 164 -189). Salvador: Agalma, 1997.
BIONDI, K. (2009) Junto e Misturado: imanência e transcendência do PCC. Dissertação
de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos. Orientador Prof.
Dr. Jorge Luiz Mattar Villela. São Carlos: UFSCar, 2009. 196p.
BRASIL. (2006) Câmara dos Deputados. Comissão Parlamentar de Inquérito
para investigar o tráfico de armas. Depoimento de Marcos Willians Herbas
Camacho (Marcola) em 8 de junho de 2006. Brasília, 2006. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/20060708-marcos_camacho.
pdf.Acesso em: 10 de agosto de 2015.
CARVALHO, S.; FREIRE, C. R. (2005) Regime Disciplinar Diferenciado: notas
críticas à reforma do sistema punitivo brasileiro. Revista Transdisciplinar de
Ciências Penitenciárias, 4(1). Pelotas: Editora da Universidade Católica de Pelotas,
Jan.-Dez./2005. pp. 7-26.
Clínica de Direitos Humanos da Faculdade de Direito de Harvard e Justiça Global.
(2006) São Paulo sob achaque: Corrupção, Crime Organizado e Violência
institucional em maio de 2006. Maio de 2011. 245p.
COSTA, C. A. P. (2007) A droga e o poder político e os partidos em Portugal. Lisboa:
Instituto da Droga e da Toxicodependência, 2007.
DIAS, C. C. N. (2013) PCC: hegemonia nas prisões e monopólio da violência. São
Paulo: Saraiva, 2013. 455p.
DUNKER, C. I. L. (2015) Mal-estar, sofrimento e sintoma: uma psicopatologia do
Brasil entre muros. São Paulo: Boitempo, 2015. 413p.
Feltran , G.; Biondi , B.; Nunes , C.; Marques , A. (2010).16 perguntas sobre
o PCC. Jornal Estado de São Paulo, São Paulo, 23 de janeiro de 2010. Debate
promovido pelo blog Crimes no Brasil. Disponível em: http://blogs.estadao.
com.br/crimes-no-brasil/2010/01/23/16-perguntas-sobre-o-pcc/. Acessado
em: 10 de agosto de 2015.
Fingermann , D. (2005) Por causa do pior. Dominique Fingermann, Mauro
Mendes Dias. São Paulo: Iluminuras, 2005. 174p.
Gonçalves Filho , J. M. (2009) Problemas de método em Psicologia Social:
algumas notas sobre a humilhação política e o pesquisador participante. In:
Psicologia e o compromisso social, Ana Mercês Bahia Bock (org.). São Paulo:
Cortez, 2009. pp. 193-238.
HERER, J. (2006) O Rei Vai Nu: O Cânhamo e a Conspiração contra a Marijuana.
Lisboa: Via Optima, 2006. 184p.
Lacan , J. (1966a) Do sujeito enfim em questão. In: Escritos. Tradução de Vera
Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. pp. 229-237.
_________. (1966b) Kant com Sade. In.: Escritos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1998. pp. 776-803.
_________. (1966-67) O seminário, livro 14: A lógica do fantasma, inédito. Aula
de 10/05/1967.
_________. (1969-70) O seminário, livro 17: O avesso da psicanálise. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 1992. 208p.
_________. (1971) O seminário, livro 18: De um discurso que não fosse semblante.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. 174p.
_________. (1971-72) O seminário: O saber do psicanalista, inédito. Aula de
06/01/1972.
_________. (1974) A Terceira, inédito.
_________. (1974-75) O seminário, livro 22: RSI, inédito. Aula de 18/02/1975.
MARX, K. (1890) O capital: crítica da economia política: Livro I: o processo de
produção do capital. São Paulo: Boitempo, 2013. 894p.
Meirelles , C. E. F. (2010) Corpo e afetos com drogas. In.: Livro Zero: Revista
de Psicanálise. Corpo e afetos, v. 1, no 1 (2o semestre de 2010) São Paulo, FCL-
-SP/EPFCL-Brasil, pp. 163-175.
REDE GLOBO (2006) Plantão – PCC. São Paulo: 13 de agosto de 2006. Disponível
em http://youtu.be/bwPHGk0ifb4. Acessado em 17 de agosto de 2015.
Xavier , K. R. (2013) O Sintoma Social, ou o Sintoma com Marx: um conceito psicanalítico.
Dissertação de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social. Orientador Raul
Albino Pacheco Filho. 122p.

Pubblicato

2015-10-21

Come citare

Meirelles, C. E. F. (2015). Sintoma social e a emergência do PCC. Revista De Psicanálise Stylus, (31), pp. 145–158. https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.664

Fascicolo

Sezione

TRABALHO CRÍTICO COM OS CONCEITOS

Puoi leggere altri articoli dello stesso autore/i