Fazer-se um nome no público: a dimensão do público nas psicoses

Autori

  • Beatriz Helena Martins de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.653

Parole chiave:

Psicose, falo, nome próprio, sinthoma, laço social

Abstract

Este artigo procura enlaçar duas distintas elaborações lacanianas acerca das psicoses. Argumenta que o sucesso na promoção de um significante Ideal na bateria significante dos delírios ou ainda outras invenções – como pelas artes, e até mesmo as passagens ao ato, desde que façam passar o nome próprio ao público –, podem funcionar como suplência à carência do significante paterno. E, mais ainda, aproveitando a contribuição de Julien, procura a partir de citações de Lacan, enfatizar a importância da função do reconhecimento. Reconhecimento, que por um efeito retroativo desde o campo do Outro, de um nome que se faz público, permite enodar os registros pelo sinthoma  e enlaçar efeitos de sujeito no campo social, o que podemos designar como função de autoria, que só se reconhece desde o público. O público faz o artista e promove laço social.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografia autore

Beatriz Helena Martins de Almeida

Psicanalista membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano e do Fórum do Campo Lacaniano – São Paulo. Coordenadora da Rede de Pesquisa sobre as psicoses de Formações Clínicas do Fórum do Campo Lacaniano em São Paulo. Coordenadora, supervisora clínica e professora do Curso de Formação em Acompanhamento Terapêutico do Instituto de Desenvolvimento e Pesquisa da Saúde Mental e Psicossocial A Casa, em São Paulo.

Riferimenti bibliografici

JULIEN, P. As psicoses – um estudo sobre a paranóia comum. RJ: Companhia de
Freud, 1999.
LACAN, J. (1958a). A significação do falo. In: . Escritos. Tradução Vera
Ribeiro. RJ: Jorge Zahar Editores, 1998. p. 692 a 703.
_________. (1958b). De uma questão preliminar a todo tratamento possível das
psicoses. In: . Escritos. Tradução Vera Ribeiro. RJ: Jorge Zahar Editores,
1998. p. 537 a 590.
_________. (1955-56). O seminário, livro 3: As psicoses. Tradução de Aluísio Meneses.
RJ: Jorge Zahar Editores, 2ª ed., 1988. 366p.
_________. (1972-73). O seminário, livro 20: Mais, ainda. Tradução M. D. Magno.
RJ: Jorge Zahar Editores, 1985. 248p.
_________. (1975-76). O Seminário, livro 23: O Sinthoma. Tradução Sérgio Laia.
Segunda edição. RJ: Jorge Zahar Editores, 2007. 201p.
QUINET, A. A psicose e o laço social – esquizofrenia, paranoia e melancolia. RJ:
Jorge Zahar Editores, 2006.
PORGE, E. A apresentaçã o de doentes. Pulsional – Boletim de novidades, Apresentação
de doentes. São Paulo, n. 87, pp. 19-40, ano IX, 1996.
RABINOVICH, D. A Significação do Falo – uma leitura. Tradução André Luis de
Oliveira Lopes. RJ: Companhia de Freud, 2005.
SOLER, C. Os nomes da identidade. Tradução Vera Pollo e Sônia Borges. Trivium
– Estudos Interdisciplinares, Psicanálise e Cultura. Rio de Janeiro, pp. 171-177,
ano I, edição I, segundo semestre 2009. Disponível em <http://www.uva.br/
trivium/edicao1/conferencia/os-nomes-da-identidade.pdf>. Acesso em 01
jun. 2015.

Pubblicato

2015-10-21

Come citare

de Almeida, B. H. M. (2015). Fazer-se um nome no público: a dimensão do público nas psicoses. Revista De Psicanálise Stylus, (31), pp. 41–52. https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.653

Fascicolo

Sezione

DIREÇÃO DO TRATAMENTO