Letras transparentes de um dizer
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i47.1080Parole chiave:
Transferência, Transmissão, PassadorAbstract
Há 125 anos a civilização não mede esforços para combater nas universidades, no empuxo à religião, com a mão invisível do mercado, uma pandemia de consequências irreversíveis para a espécie falante: seu nome, sabemos, a psicanálise. Após tantas guerras e inquisições desde a publicação da “Interpretação dos sonhos” (1900), no desafio de sustentar a política do inconsciente e a cura pela palavra, quão foi possível preservar do caráter pestilento de uma análise? Nessa orientação, esse texto visa formalizar a experiência virulenta de decomposição pela qual acontece um analista: primeiro, que se trata de uma infecção à qual o sujeito se abre na relação amorosa que caracteriza a transferência; segundo, o desejo de analista é produto de uma mutação sintomática que, no cerne de seu equívoco de leitura, escreve-se em sequência poemática original e irreproduzível; e terceiro que, ao final dessa contaminação, emerge como diagnóstico as letras virais que escrevem “passador”. Letras silenciosas que percorrem de maneira transparente as veias das cidades, mas que podem passar ao público a cada vez que um analista esmiúça a gramática da língua que comporta o seu dizer – uma responsabilidade, essa de transmitir as contingências pela qual o ato analítico pode infectar.
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