Para sempre é sempre por um triz
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.vi30.680Palabras clave:
Amor, nó borromeano, RSI, LacanResumen
No Seminário 21, Les non-dupes errent (1973-74), Lacan escreve que “o nodal é o modal”, articulando o nó borromeano aos modos de gozo que já havia localizado nas fórmulas da sexuação, no ano anterior. Ele propõe que há dois tipos de nó, estruturalmente distintos: o nó olímpico e o nó borromeano. O nó olímpico é ordinal, pois uma das esferas — a do meio — tem prevalência sobre as outras duas. Esse tipo de nó é aquele que tenta escrever a relação sexual. Dependendo do registro que ocupará a função prevalente — o Simbólico, o Imaginário ou o Real —, teremos uma tipologia de modos de amor que tentam escrever a relação: o amor a Deus, o amor cortês ou o amor masoquista. Curiosamente, garantir o impossível, como faz o amor cortês, é tanta impostura quanto garantir o possível, ou pior, torná-lo necessário. Pois bem, ao contrário do nó olímpico, o nó bô é cardinal — não há ordem, nem prevalência de nenhum dos registros sobre o outro. É essa a característica que permite a Lacan escrever “não há relação sexual” a partir desse nó. Pois como afirma Lacan, o 3 é Real, pois o 1 não atinge o 2. O 2 é ímpar! Belo modo de dizer que relação sexual não há.
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