A psicanálise, o sintoma, a época

Autores

  • Carlos Alberto Guevara

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi17.889

Palavras-chave:

Sintoma, novos sintomas, depressão, psicanálise em seu tempo, real

Resumo

O presente trabalho procura estabelecer, minimamente, os contornos do lugar da psicanálise na época atual. Para tanto, é preciso identificar desde já os traços do que faz "nossa época" e, em seguida, o argumento sobre o qual a psicanálise articula sua prática, sempre levando em conta as mudanças sociais, culturais, etc. Em Fonction et champ, Lacan nos falava da palavra e da linguagem: "Que antes renuncie a isso quem não conseguir alcançar em seu horizonte a subjetividade de sua época". Portanto, é importante situar a concepção que se faz do Sintoma, interna e externamente, no interior da psicanálise e no discurso corrente, no discurso científico. A esse respeito, o trabalho apresenta algumas constatações sobre a maneira como são criadas e utilizadas as novas entidades clínicas e as formas de identificação que são produzidas para os sujeitos e no vínculo social; em seguida, a exploração que é feita dessas etiquetas pelo discurso capitalista. Essa refelexão nos permite, então, estabelecer uma concepção do sintoma psicanálitico que não corresponde àquela do discurso científico e que não busca os mesmos objetivos. Lá onde a procura é aquela de apagar o sintoma, a resposta da psicanálise será conceder a ele seu lugar cerro, o lugar do real que conhecemos como irredutível e que constitui o coração do sintoma. Diante dos imperativos do mercado, a resposta ética da psicanálise. Com a ajuda de um caso clínico, apresenta-se uma tentativa de elaboração do lugar a ser guardado para o psicanalista ao enfrentar o sujeito que dirige sua pergunta a partir dos ditos "novos sintomas'.

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Biografia do Autor

Carlos Alberto Guevara

Psicanalista. Membro da EPFCL-França. Psicólogo Clínico. DESU e DEA de Psicanálise na Universidade de Paris VIII. Doutorando em Psicopatologia Clínica na Universidade de Poitiers.

Referências

GALLANO, Carmen.« La prise du corps dans le malaise contemporain ».
Document n" 6. Diagonales de l'option épistémique. EPFCL. 2005.
LACAN, Jacques. « Fonction et champ de la parole et du langage: In Ecrits.
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LACAN,Jaques. Le Seminaire 5: les Jormations de l'inconscient. Paris: Editions
du Seuil. 1998.

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Publicado

2008-11-11

Como Citar

Guevara, C. A. (2008). A psicanálise, o sintoma, a época. Revista De Psicanálise Stylus, (17), pp. 8–20. https://doi.org/10.31683/stylus.vi17.889