Amor: semblantes e sinthoma

Autores

  • Luis Izcovich

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi30.679

Palavras-chave:

Amor, gozo, semblante, sintoma, psicanálise

Resumo

O texto inicia indagando sobre como a experiência analítica responde à questão da identidade sexual para, em seguida, propor uma tese a ser demonstrada: a análise forja uma identidade sexual que não é da ordem do semblante. Tal certeza de identidade não é dada pelo Édipo e nem mesmo pelos significantes, que deixam sempre em suspenso a questão do ser sexual. A garantia não pode vir do Outro, ela vem do ato, mas, ao mesmo tempo, o ato sexual é um real que não se inscreve no ser. Pôr a questão nesses termos significa considerar que o sexual faz sempre sintoma, a resposta singular dada pelo sujeito ao “não há relação sexual”, que a escolha do parceiro, qualquer que seja o sexo, é sempre um sintoma e a análise é o que permite viver este sintoma de outra maneira, ou seja, por um novo enodamento entre amor e gozo. Se o amor na vertente do semblante é o que funciona como mais de uma forma de se fazer suplência ao real do sexo, no ato de passagem do semblante ao sintoma, identifi cação ao sintoma, ele não é mais uma miragem, pois mantém, por um lado, o que constitui o Um de um sujeito — sua essência irredutível — e, por outro, a aceitação do Outro gozo enquanto diferente e, igualmente, irredutível. São os deuses irredutíveis que se produzem no final da análise.

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Biografia do Autor

Luis Izcovich

AME da EPFCL-França. Membro fundador dos Fóruns do Campo Lacaniano na França. Médico especialista em Psiquiatria. Doutorado em Psicanálise pela Universidade de Paris VIII. Docente no Collège de Clinique Psychanalytique de Paris.

Referências

Tradução: Elisabete Thamer

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Publicado

2015-06-16

Como Citar

Izcovich, L. (2015). Amor: semblantes e sinthoma. Revista De Psicanálise Stylus, (30), pp. 21–28. https://doi.org/10.31683/stylus.vi30.679

Edição

Seção

CONFERÊNCIA