Da narrativa ao nó borromeano: versões da noção de falha simbólica na clínica da psicossomática

Autores

  • Daniele Rosa Sanches

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi20.845

Palavras-chave:

Psicossomática, afânise, suplência, identificação

Resumo

Toda literatura que se refere aos pacientes de corpos marcados pelas lesões psicossomáticas faz referência a sujeitos cuja apresentação clínica é de escassez de recursos metafóricos e associativos, oferecendo narrativas estranhas por tamanha concretude e esvaziamento de afetos. Toda esta apresentação clínica é resumida de modo vago numa noção genericamente chamada de “falha simbólica”. O artigo descreve os usos desta noção separando duas linhas de leitura: a descrição clínica e o funcionamento dinâmico de onde emergem categorias de hipóteses apresentadas pelos conceitos de supressão de afetos, afânise, identificação e de suplência, interrogando se tal apresentação do paciente psicossomático, apesar da forma típica, não poderia revelar diferentes relações estruturais com a construção fantasmática.

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Biografia do Autor

Daniele Rosa Sanches

Psicóloga. Psicanalista. Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP com pesquisa realizada no âmbito do Laboratório de Psicopatologia Fundamental e com apoio do CNPq. Membro do Fórum do Campo Lacaniano em São Paulo e colaboradora da Rede Sintoma e Corporeidade da mesma instituição. Docente e supervisora clínica da Universidade Bandeirante de São Paulo.

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Publicado

2010-04-04

Como Citar

Sanches, D. R. (2010). Da narrativa ao nó borromeano: versões da noção de falha simbólica na clínica da psicossomática. Revista De Psicanálise Stylus, (20), pp. 119–131. https://doi.org/10.31683/stylus.vi20.845

Edição

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DIREÇÃO DO TRATAMENTO