A relação do neurótico obsessivo com seu corpo

Autores

  • Gabriel Lombardi

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi21.836

Palavras-chave:

Neurose obsessiva, sintoma, corpo, histerização, pulsão

Resumo

Neste trabalho busco extrair algumas consequências da oposição entre a conversão como sintoma com o qual o histérico chega a se vincular socialmente, e o sintoma do neurótico obsessivo que, nos dizeres de Freud, é “um assunto particular do enfermo”. Enfatizo algumas dificuldades específicas que o obsessivo encontra para o cumprimento da regra fundamental, indagando sobre os fundamentos estruturais de tais dificuldades e sua coerência com o isolamento entre o sintoma e o corpo do obsessivo. O sintoma obsessivo – em princípio uma série de transtornos no pensamento ou na conduta – pode encontrar em uma análise uma elucidação de sua raiz somática e, com isso, uma chave para discernir sua inserção na estrutura subjetiva. O tabu do contato, além do elemento contato (com corpo próprio, com o corpo do Outro), inclui o tabu que, por meio do sintoma, sustenta a dominância de um real mítico, acaso nunca totalmente eliminável da realidade do ser falante, mas especialmente prevalente nessa neurose.

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Biografia do Autor

Gabriel Lombardi

Médico pela Universidad de Buenos Aires, Professor de Clínica Psicanalítica na Universidade de Buenos Aires e no Colégio Clínico de Rio de la Plata. AME da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano – Argentina. Autor de vários livros, entre os quais Clínica y lógica de la autorreferencia.

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Publicado

2010-12-12

Como Citar

Lombardi, G. (2010). A relação do neurótico obsessivo com seu corpo. Revista De Psicanálise Stylus, (21), pp. 111–119. https://doi.org/10.31683/stylus.vi21.836

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