Fazer-se um nome no público: a dimensão do público nas psicoses

Autores

  • Beatriz Helena Martins de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.653

Palavras-chave:

Psicose, falo, nome próprio, sinthoma, laço social

Resumo

Este artigo procura enlaçar duas distintas elaborações lacanianas acerca das psicoses. Argumenta que o sucesso na promoção de um significante Ideal na bateria significante dos delírios ou ainda outras invenções – como pelas artes, e até mesmo as passagens ao ato, desde que façam passar o nome próprio ao público –, podem funcionar como suplência à carência do significante paterno. E, mais ainda, aproveitando a contribuição de Julien, procura a partir de citações de Lacan, enfatizar a importância da função do reconhecimento. Reconhecimento, que por um efeito retroativo desde o campo do Outro, de um nome que se faz público, permite enodar os registros pelo sinthoma  e enlaçar efeitos de sujeito no campo social, o que podemos designar como função de autoria, que só se reconhece desde o público. O público faz o artista e promove laço social.

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Biografia do Autor

Beatriz Helena Martins de Almeida

Psicanalista membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano e do Fórum do Campo Lacaniano – São Paulo. Coordenadora da Rede de Pesquisa sobre as psicoses de Formações Clínicas do Fórum do Campo Lacaniano em São Paulo. Coordenadora, supervisora clínica e professora do Curso de Formação em Acompanhamento Terapêutico do Instituto de Desenvolvimento e Pesquisa da Saúde Mental e Psicossocial A Casa, em São Paulo.

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jun. 2015.

Publicado

2015-10-21

Como Citar

de Almeida, B. H. M. (2015). Fazer-se um nome no público: a dimensão do público nas psicoses. Revista De Psicanálise Stylus, (31), pp. 41–52. https://doi.org/10.31683/stylus.vi31.653

Edição

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DIREÇÃO DO TRATAMENTO