AbortArte: Paula Rego, aborto, arte, política do corpo

Autores

  • Yara Ligia Andrade Lemos Psicanalista

DOI:

https://doi.org/10.31683/stylus.vi40.478

Palavras-chave:

Paula Rego, Psicanálise, Arte, Aborto, Política do corpo

Resumo

A proposta deste trabalho é apresentar a beleza e a singularidade da arte de Paula Rego e fazer algumas considerações psicanalíticas sobre a forma como a artista apresenta seu trabalho e produz seu discurso. Artista visual consagrada, Pau- la Rego está entre as 10 melhores artistas vivas portuguesas. Suas obras podem ser associadas ao erotismo, à sublimação, à culpa, à depressão e ao tratamento do gozo; são pinturas e desenhos resultantes de contos e de lendas que fogem às histórias tradicionais da infância. Suas personagens aparecem carregadas de traços perversos e grotescos, oriundos das memórias de sua infância, e revelam sofrimento e crueldade. Rego nasceu em 1935 e viveu sob o regime de Salazar até os 16 anos, quando se mudou para a Inglaterra para estudar artes. Sua obra gira em torno de si mesma, com luta contra a dominação, a mediocridade do totali- tarismo e os estereótipos socialmente privilegiados. As séries intituladas Mulher cão (1994) e O aborto (1997) são exemplos de uma estética criativa própria, em que a pintora deixa transparecer a vertente da política do corpo e da política da arte.

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Publicado

2020-12-01

Como Citar

Andrade Lemos, Y. L. (2020). AbortArte: Paula Rego, aborto, arte, política do corpo. Revista De Psicanálise Stylus, 1(40), pp. 65–77. https://doi.org/10.31683/stylus.vi40.478

Edição

Seção

TRABALHO CRÍTICO COM OS CONCEITOS