Entre o advento do desejo e a ventania da morte
relato de experiência sobre a escuta psicanalítica em cuidados paliativos
DOI:
https://doi.org/10.31683/stylus.v1i49.1166Palavras-chave:
Angústia, Morte, Psicanálise, Cuidados paliativos, Urgência subjetivaResumo
Este texto propõe reflexões sobre os efeitos da presença de um psicanalista no contexto de cuidados em fim de vida em um hospital geral, considerando a interseção entre o sujeito de desejo e a valorização da dignidade do paciente. Utilizam-se fatos clínicos e a narrativa de experiência, movidos pela questão alocada entre os efeitos da escuta psicanalítica nesse contexto, o corpo doente e a presença do afeto da angústia, articulada ao conceito de Unheimlich. Para tanto, considera-se o atravessamento dos conceitos de morte, finitude e urgência subjetiva. Conclui-se que a emergência da angústia e seu des-esperar alargam o momento de urgência subjetiva, de forma que, ao propor um espaço de escuta ao paciente, considerando-o vivo até seu último instante, proporciona o reconhecimento de si como sujeito de desejo.
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